Multipropriedade e Imóveis Compartilhados no Brasil
Quer ter acesso a uma casa de praia de alto padrão ou morar em um apartamento bem localizado sem gastar uma fortuna?
A multipropriedade e os imóveis compartilhados estão transformando o mercado imobiliário brasileiro, oferecendo soluções acessíveis para férias ou moradia. Regulamentados pela Lei 13.777/2018 e inspirados no modelo de timeshare, o conceito de tem suas origens na Europa e nos Estados Unidos, remontando à década de 1960. Ao compartilhar o direito de uso com outros proprietários, o valor do investimento é diluído, possibilitando desfrutar de propriedades de luxo sem a necessidade de um grande desembolso inicial. Além disso, as despesas de manutenção e outros custos operacionais são divididos, aliviando ainda mais o ônus financeiro individual, reduzindo custos e aumentando a flexibilidade.
Mas o que são, como funcionam e quais cuidados tomar?
Este guia vai te ajudar a decidir com confiança!
O que é Multipropriedade?
A multipropriedade é um regime jurídico onde várias pessoas compartilham o direito de uso exclusivo de um imóvel por períodos específicos, como semanas ou meses. Diferentemente de um condomínio tradicional, onde você possui uma fração física do imóvel, por exemplo: um apartamento, aqui o que se divide é o tempo de uso. Por exemplo, você pode comprar o direito de usar uma casa em Fernando de Noronha em janeiro, enquanto outros proprietários usam o imóvel nos demais meses.
Formalizada pela Lei 13.777/2018, a multipropriedade exige que cada fração de tempo tenha uma matrícula individual registrada em cartório, garantindo segurança jurídica. É comum em imóveis de lazer, casas de veraneio, resorts, e, mais recentemente, em investimentos imobiliários.
O que são Imóveis Compartilhados?
Imóveis compartilhados são arranjos mais informais, geralmente voltados para moradia. Popular entre a Geração Z, esse modelo envolve dividir o uso de um imóvel, ex.: apartamento em área urbana, para reduzir custos de aluguel e contas. Diferentemente da multipropriedade, não há propriedade formal, e os acordos podem ser mediados por plataformas digitais ou contratos simples. É como o timeshare, mas adaptado para o dia a dia, com ênfase em flexibilidade e colaboração.
A Origem do Modelo no Brasil
O conceito de timeshare desembarcou no Brasil nos anos 1980, focado no turismo. Hotéis em destinos como Porto de Galinhas, Gramado e Búzios vendiam cotas de uso para financiar construções e garantir ocupação. Empresas como a RCI conectavam esses hotéis a redes globais, permitindo trocar semanas de uso por estadias em outros países. Nos anos 1990 e 2000, resorts como o Beach Park (Fortaleza) e pousadas na Serra Gaúcha prosperaram com esse modelo.
Porém, desafios como a falta de familiaridade cultural, muitos confundiam timeshare com compra de imóvel, altas taxas de manutenção e concorrência com o Airbnb levaram ao declínio de projetos tradicionais. A Lei 13.777/2018 revitalizou o conceito ao regulamentar a multipropriedade, que hoje abrange desde casas de luxo até moradias urbanas compartilhadas.
Benefícios da Multipropriedade e Imóveis Compartilhados
- Economia: Na multipropriedade, você adquire o uso de um imóvel de alto padrão, ex.: uma casa de R$ 4 milhões, por uma fração do preço, dividindo custos de compra e manutenção. Nos imóveis compartilhados, aluguel e contas são rateados, viabilizando moradia em áreas centrais.
- Flexibilidade: Modelos modernos, como clubes de férias, oferecem mais liberdade que o timeshare clássico. Você pode ceder, vender ou alugar sua fração de tempo na multipropriedade, ou ajustar acordos de moradia via plataformas digitais.
- Uso Eficiente: Ambos os modelos reduzem a ociosidade dos imóveis. Na multipropriedade, isso maximiza o uso de casas de veraneio; no compartilhamento, garante acesso a moradias estratégicas.
- Renda Extra: Na multipropriedade, você pode integrar sua fração a um pool hoteleiro para receber rendimentos ou usar redes de intercâmbio para viajar. Nos imóveis compartilhados, sublocações podem gerar ganhos.
5 Cuidados Essenciais Antes de Investir
- Analise o Contrato com Atenção: Na multipropriedade, o Ato de Instituição ou Convenção define regras de uso, taxas e responsabilidades. Nos imóveis compartilhados, acordos devem esclarecer divisão de despesas e convivência. Consulte um advogado especializado para evitar surpresas.
- Pesquise a Reputação: Verifique a credibilidade da construtora, operadora hoteleira ou plataforma de compartilhamento. No passado, o timeshare sofreu com vendas agressivas e promessas não cumpridas. Leia avaliações de outros consumidores.
- Conheça os Custos de Manutenção: Taxas de condomínio, limpeza e reparos podem aumentar com o tempo. Confirme se esses valores cabem no seu orçamento.
- Visite o Imóvel: Antes de comprar uma fração de multipropriedade, visite o imóvel para avaliar sua condição, localização e infraestrutura. Para moradias compartilhadas, conheça o espaço e os futuros coinquilinos.
- Entenda Seus Direitos: Na multipropriedade, você pode vender ou ceder sua fração livremente, sem precisar da aprovação dos outros proprietários, salvo cláusula específica. Nos imóveis compartilhados, garanta que o contrato respeite a legislação de locação.
Como Escolher o Modelo Certo?
- Para Férias ou Investimento: A multipropriedade é ideal para quem quer uma casa de veraneio ou renda passiva. Pesquise destinos turísticos e empresas confiáveis.
- Para Moradia Urbana: Imóveis compartilhados são perfeitos para jovens que buscam flexibilidade e economia. Use plataformas seguras e estabeleça acordos claros com os coinquilinos.
- Consulte Especialistas: Um corretor de imóveis ou advogado pode te guiar na escolha e proteger contra armadilhas contratuais.
A multipropriedade e os imóveis compartilhados estão revolucionando o acesso a imóveis no Brasil, seja para férias de luxo ou moradia acessível. Com a segurança da Lei 13.777/2018 e a criatividade da Geração Z, esses modelos oferecem economia, flexibilidade e novas oportunidades. Mas cuidado: pesquise bem, leia contratos e busque apoio profissional para garantir uma experiência positiva.
Pronto para investir em uma casa de veraneio ou compartilhar um apê com amigos? Conte nos comentários qual é o seu plano e acompanhe nosso blog para mais dicas sobre o mercado imobiliário!
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